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Erros mais comuns em licitações de fim de ano e como preveni-los

3 setembro 2025

O fim do ano é sempre um período de intensidade para as administrações municipais. De um lado, a pressão para executar o orçamento disponível; de outro, a necessidade de manter legalidade, transparência e eficiência nos processos de compras públicas. Nesse cenário, os erros em licitações tendem a aumentar — e podem gerar riscos sérios para a gestão, como impugnações, glosas de órgãos de controle ou até responsabilização dos gestores.

Este guia aponta os principais deslizes cometidos em licitações no encerramento do exercício e traz recomendações práticas para que os municípios se preparem melhor.


1. Planejamento insuficiente

O erro mais recorrente é iniciar processos sem um diagnóstico adequado das demandas reais. Com a pressa de gastar recursos antes do fim do exercício, muitos editais são elaborados de forma apressada, com falhas técnicas ou jurídicas.

👉 Como prevenir: realize um levantamento antecipado das necessidades de cada secretaria, alinhe com o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) e garanta que os editais tenham consistência técnica e orçamentária.


2. Descumprimento de prazos legais

A pressa é inimiga da lei. Licitações lançadas sem observar os prazos mínimos de publicidade e análise previstos na Lei 14.133/21 podem ser questionadas judicialmente ou anuladas pelos órgãos de controle.

👉 Como prevenir: elabore um calendário de compras públicas e respeite rigorosamente os prazos de divulgação e análise.


3. Pesquisa de preços mal feita

Um dos pontos mais criticados pelos tribunais de contas é a fragilidade nas cotações de preços. Muitas vezes, os municípios não apresentam comprovação adequada, ou utilizam referências genéricas que não refletem o mercado.

👉 Como prevenir: siga metodologias de pesquisa recomendadas, registre todas as cotações utilizadas e mantenha a rastreabilidade da formação de preços.

🔗 Saiba mais: Covalenti: Gestão Pública Simplificada


4. Erros formais e documentais

Ausência de anexos obrigatórios, inconsistência em certidões ou falhas na habilitação de fornecedores são problemas comuns em licitações feitas “às pressas”. Esses erros podem levar à anulação do certame ou a questionamentos de concorrentes.

👉 Como prevenir: estabeleça checklists de documentação, capacite a equipe de licitações e utilize ferramentas de apoio ao processo decisório.

🔗 Veja também: Do dado ao decisor: como o Covalenti potencializa a tomada de decisão na gestão pública


5. Fragilidades na execução contratual

Não basta licitar corretamente: muitos municípios esquecem que a fiscalização contratual é tão importante quanto o processo de compra. A falta de previsão orçamentária ou de acompanhamento das entregas pode gerar descumprimento contratual.

👉 Como prevenir: nomeie fiscais de contrato, mantenha registros detalhados da execução e assegure que haja cobertura orçamentária antes da assinatura.

🔗 Leia mais: Prevenção de Riscos: O Papel da Matriz de Risco na Gestão Sustentável


 Conclusão

As licitações de fim de ano não precisam ser um problema. Com planejamento antecipado, gestão de riscos e uso de ferramentas de apoio, os municípios podem evitar os erros mais comuns e transformar esse período em uma vitrine de boas práticas.

A responsabilidade é grande: cada contrato firmado representa impacto direto na vida da população. Por isso, prevenir falhas é sinônimo de gestão pública responsável, eficiente e transparente.


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